Naquele dia em que te vi...
Naquele dia em que te vi No meio da multidão Tua imagem não esqueci Louco pra ti corri Vendo sangrar meu coração Quem me toca assim levemente Com tão estranha leveza Que de longe mal se sente? Talvez não seja BRILHANTE Mas é linda com certeza Decidi correr os mundos Procurando seus sinais Percorri vales profundos Subi montes imundos Fuçando entre os demais Fico olhando pra mim Completamente esgotado Porquê sofrer tanto assim? Nesta busca sem fim De alguém tão adolado Mas o amor é demente Pura dor de comoção Ele brota como nascente Incontida e incoerente Sem controle nem direção E uma infinita tristeza Uma funda turbação Entra em mim, fica em mim presa. Faz frio na natureza E também no meu coração Inspirado na BALADA DA NEVE de Augusto Gil (1873-1929),meu poeta favorito. Minha homenagem. ANTÓNIO MARCELO
Enviado por ANTÓNIO MARCELO em 06/08/2011
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